Em romance inédito no Brasil, Sándor Marái explora a melancolia e a irreverência do veneziano Giacomo Casanova.
Em romance inédito no Brasil, Sándor Marái explora a melancolia e a irreverência do veneziano Giacomo Casanova.
Condenado pela Inquisição por levar uma vida herética, Giacomo Casanova passou dezesseis meses numa prisão de segurança máxima até dela conseguir fugir. Partindo desse episódio, Sándor Márai empresta artifícios da opereta para criar um envolvente jogo de cena, imaginando que, três dias depois da fuga, os forasteiros teriam chegado em Bolzano, no extremo norte da Itália. Lá, o mal-afamado veneziano usará todas as artimanhas para bancar sua dispendiosa vida, mas terá seu destino abalado pelo encontro com fantasmas de um passado nem tão distante.
Espécie de prévia de As brasas, este romance de 1940, até agora inédito no Brasil, também coloca em cena dois homens que se veem como joguetes do habilidoso ficcionista. O grande autor húngaro, além de inspirado criador de aforismos, demonstra mais uma vez sua maestria na construção de monólogos filosóficos saborosos, que tocam nos temas mais caros à literatura: destino, amor, honra, vaidade, vida e morte.