"Da autora surinamesa mais celebrada do século XX, o romance queer que revolucionou a literatura de língua holandesa; comparável a clássicos de Toni Morrison e Alice Walker. Sobre a loucura de uma mulheré composto por fragmentos farpados e ressonantes que nos questionam sobre a crueldade que infligimos àqueles -- sobretudo àquelas -- que desobedecem.
"Da autora surinamesa mais celebrada do século XX, o romance queer que revolucionou a literatura de língua holandesa; comparável a clássicos de Toni Morrison e Alice Walker. Sobre a loucura de uma mulheré composto por fragmentos farpados e ressonantes que nos questionam sobre a crueldade que infligimos àqueles -- sobretudo àquelas -- que desobedecem.
O casamento de Noenka e Louis durou exatos nove dias. Pouco mais de uma semana foi suficiente para que a jovem se desse conta dos abusos do marido. Exigiu o divórcio e, diante da recusa, fugiu de sua cidade natal, no interior do Suriname, para a capital Paramaribo. Insegura e sem apoio, sua vida nesse novo lugar é iluminada por uma série de envolvimentos amorosos -- como a sua primeira paixão arrebatadora por uma mulher, Gabrielle -- ao passo em que é constantemente assombrada por seu passado e pelas expectativas da sociedade.
A história é ambientada no Suriname pós-colonial, com sua profusão de orquídeas raras, as diversas cobras que se escondem nas antigas plantações escravistas, os banhos com pétalas de rosas esmagadas, a culpa judaico-cristã, a brutalidade sexual, o ódio racial e as muitas chagas da colonização holandesa.
Para esculpir uma jornada de libertação pessoal, Astrid Roemer recorre, à sua maneira, àquilo que persegue todos nós: o trauma, o prazer, a violência e a solidão. "Eles me desprezam lisonjeando minha vaidade e ao mesmo tempo me enchendo de vergonha", pensa Noenka. "Além disso, só me restou uma timidez neurótica, a vergonha a cada olhar masculino e a hostilidade colossal de uma porção de mulheres. E isso me magoou, porque tudo que eu queria era ser confortada pelo amor."
"Um sonho febril de libertação pessoal ambientado no Suriname de meados do século." -- New York Times
"Sobre a loucura de uma mulher é uma história de amor, mas que lembra aos leitores que, na maioria das vezes, nossas condições sociais são tão importantes quanto a companhia que temos." -- NPR
"Mesmo quando Noenka se preocupa com sua incapacidade de amar verdadeiramente os outros, ela estabelece relacionamentos de intensidade impressionante -- e nos seus próprios termos." -- Vox
"A literatura do Caribe holandês é dominada por mulheres. Muitas das novas escritoras de prosa se inspiraram naquela que, como nenhuma outra, marcou o último quarto do século XX: Astrid Roemer." -- Michiel van Kempen"