Vencedor do Prêmio Alfaguara de 2006, Abril vermelho conta a história do promotor Félix Chacaltana Saldívar, um burocrata tímido que passa os dias numa repartição em Ayacucho, Peru, redigindo relatórios e memorandos. Mora sozinho, na casa que fora da mãe, e tem hábitos simples, sem aventuras ou sobressaltos. Até que, na Semana Santa, um corpo violentamente mutilado é encontrado na pacata cidade. Chacaltana se envolve acidentalmente na caçada pelo assassino, já que nem a polícia e nem o exército se empenham na investigação, preferindo abafar o caso. Novos corpos aparecem, e as pistas são cada vez mais confusas. Para surpresa de Chacaltana, as suspeitas logo recaem sobre o Sendero Luminoso, violento grupo terrorista peruano que todos imaginavam já estar extinto. Abril vermelho é um trabalho de fôlego do jovem e premiado escritor peruano, e, ao mesmo tempo, um romance policial de ritmo vertiginoso, irônico e profundo, que prende até as últimas páginas. "Sempre quis escrever um thriller, ou seja, um romance policial sangrento, com assassinatos em série e crimes monstruosos. E encontrei os elementos necessários na história do meu país: uma zona de guerra, uma celebração da morte como a Semana Santa, uma cidade povoada de fantasmas. Poderia pedir mais?", diz Roncagliolo, sobre a experiência de escrever Abril vermelho.