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/ À vistaNeste livro, a judeidade de Freud não é tratada como uma suposta essência imutável de uma etnia, mas sim como uma construção, um devir-judeu que pode ser depreendido ao se estudar a própria descoberta da psicanálise.
Neste livro, a judeidade de Freud não é tratada como uma suposta essência imutável de uma etnia, mas sim como uma construção, um devir-judeu que pode ser depreendido ao se estudar a própria descoberta da psicanálise.
A problemática relação entre Freud e o judaísmo foi objeto de estudos em todo o mundo. Em A vocação do exílio, a psicanalista Betty B. Fuks argumenta que a criação da psicanálise está imbricada com certa ideia de judeidade que, de um lado, se expressa no exílio do povo judeu, seu nomadismo, sua errância; e, de outro, no movimento erradio da letra, presente na própria interpretação contínua do texto sagrado.
Publicado pela primeira vez em 2000 sob o título Freud e a judeidade, com edições em inglês, francês e espanhol e celebrado internacionalmente como um marco nos debates sobre o tema, esta segunda edição foi revista e ampliada pela autora.
Através de uma prosa tão clara e elegante, Fuks demonstra que os traços de exílio e de êxodo inscritos na história do povo judeu e a prática de leitura-escritura infinita do "Livro dos livros" têm um papel essencial na descoberta freudiana do inconsciente.
"Esperemos que o importantíssimo livro de Betty B. Fuks seja lido pelo grande público e possa devolver a psicanálise à sua vocação de pensamento da diferença, do não-idêntico, do exílio. E que possa ajudar-nos, judeus e não-judeus, a refazer a experiência da dupla identidade, sem a qual a psicanálise não teria podido surgir, e sem a qual perderíamos a capacidade de comunicar-nos com o Outro fora de nós, o estrangeiro, e com o Outro dentro de nós, o inconsciente." -- Sergio Paulo Rouanet
"Numa era que tende a respostas imediatas e satisfações instantâneas - sejam elas terapêuticas, farmacológicas, científicas, religiosas ou ideológicas -, a psicanálise se afirma em sua posição marginal e anti-idolátra. Uma posição de exílio que, como defende Betty B. Fuks, é ao mesmo tempo sua natureza e sua força maior." -- Paola Mieli