Um relato franco, comovente e por vezes hilariante sobre a gravidez, o casamento e os delicados vínculos familiares.
Um relato franco, comovente e por vezes hilariante sobre a gravidez, o casamento e os delicados vínculos familiares.
Começo de 2020. Prestes a completar 40 anos, depois de muitas hesitações profissionais e afetivas, Martha Nowill se questiona se deve ou não engravidar. Em busca de um sinal que virá não se sabe de onde, ela enfim decide que chegou a hora. Quando ela e o marido -- que tem dois filhos do casamento anterior -- finalmente "liberam" e recebem a confirmação da gravidez, descobrem que estão esperando gêmeos. Enquanto isso, o noticiário anuncia o começo da pandemia de covid-19, que traz consigo mudanças bruscas de rotina e incertezas sobre o futuro.
Neste diário, que se estende até o primeiro ano de seus filhos, Martha constrói um poderoso testemunho sobre a própria intimidade ao refletir sobre as relações contemporâneas, os desafios da carreira de atriz e as transformações engendradas com a chegada dos bebês.
"O texto tem o ritmo da avalanche, reações desencadeiam outras até o soterramento de tudo o que existia antes. Incluindo o corpo grávido e o país que não consegue parir a si mesmo. Trata-se de um inventário da família, da parentalidade, da filiação que não envolve apenas o corpo, mas os corpos da sociedade, da casa e das personagens que nos rondam, como se quisessem ser ditas por Martha Nowill." -- Andréa del Fuego
"Quando conheci a Martha, em 2012, me apaixonei completamente. Ela era muitas coisas: atriz, poeta, divertida, profunda, intensa, inteligente. Um dia, no auge da pandemia, ela me liga pra dizer que estava grávida. De gêmeos! Óbvio! Imagina se a Martha teria uma gravidez comum. Não ia combinar. Não com ela. Não existe um só café com leite que não venha com dramaturgia." -- Maria Ribeiro