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/ À vistaEste é um dos mais originais livros de história dos últimos tempos. E também um dos mais gostosos de ler. Nele, Robert Darnton arma um fascinante quebra-cabeça em que surge o perfil inesperado de um grupo cujo papel instrumental na queda do Antigo Regime foi, até então, negligenciado pelos historiadores.
Este é um dos mais originais livros de história dos últimos tempos. E também um dos mais gostosos de ler. Nele, Robert Darnton arma um fascinante quebra-cabeça em que surge o perfil inesperado de um grupo cujo papel instrumental na queda do Antigo Regime foi, até então, negligenciado pelos historiadores.
Tal grupo constitui o submundo literário: philosophes falidos, editores piratas e livreiros clandestinos -- ou os "Rousseaus de sarjeta", termo que, já no século XVIII, havia sido aplicado a Restif de la Bretonne. Assim, Darnton analisa o final do Iluminismo do mesmo modo como historiadores recentes vêm examinando a Revolução Francesa: de baixo.
Num estilo ágil e cativante, ele contrasta a carreira de subliteratos como Jean-Baptiste-Antoine Suard ou o abade La Senne, hoje merecidamente esquecidos, com o prestígio gozado por autores como Voltaire ou D'Alembert; dá uma visão desmistificadora do futuro líder girondino Jacques-Pierre Brissot de Warville, que se tornou espião da polícia após sua prisão na Bastilha, em 1784; traça um panorama do comércio de literatura proibida no século XVIII -- os chamados livres philosophiques, denominação sob a qual se abrigavam obras pornográficas, contra a religião ou sediosas; ou examina um gênero típico da época, o libelle ou panfleto obsceno.
Com isso, Darnton contribui de forma decisiva para aquilo que outro célebre historiador daquele período, Daniel Mornet, chamou de "as origens intelectuais da Revolução".
"Darnton desenterrou com nitidez um Iluminismo humano, multifacetado. O que temos diante de nós é um livro sistemático, irresistível, sobre as origens culturais da Revolução." -- Raymond Birn, American Historical Review