As transformações do conceito de democracia, em ensaios que focalizam o mito de Atlântida, a Revolução Francesa e as memórias do general grego Macriyannis. De uma erudição fecunda, o mestre francês auxilia-nos, como poucos, a apreender as conexões históricas constitutivas do tempo presente.
As transformações do conceito de democracia, em ensaios que focalizam o mito de Atlântida, a Revolução Francesa e as memórias do general grego Macriyannis. De uma erudição fecunda, o mestre francês auxilia-nos, como poucos, a apreender as conexões históricas constitutivas do tempo presente.
Um relato histórico sempre fala por meio de um conjunto de vozes. A idéia de que a história não é evidente, unívoca ou imutável move os estudos do autor. Vidal-Naquet utiliza a noção de "grande desvio" para mostrar como a concepção grega de democracia vem sendo reinterpretada segundo as exigências de cada momento histórico.Nos ensaios do livro, o autor investiga também as diferenças entre os modelos ateniense e espartano de democracia, analisa o mito da cidade perdida de Atlântida e estuda as memórias do general Macriyannis, herói da guerra de independência da Grécia, no século XIX. Na primeira parte, Vidal-Naquet apresenta as leituras modernas da obra de três dos principais historiadores gregos clássicos: Heródoto, Tucídides e Diodoro. Na segunda, mostra como a democracia clássica se tornou um horizonte utópico para os europeus revolucionários e os combatentes gregos que lutavam contra a dominação turca.