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A LÍNGUA EXILADA

Imre Kertész
Tradução: Paulo Schiller

Apresentação

Nesta coletânea de ensaios - traduzida diretamente do húngaro por Paulo Schiller - o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, Imre Kertész, discute o impacto da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, do qual ele foi um sobrevivente, em toda a cultura do século XX.

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Ficha Técnica

Título original: A számuzott nyelv Páginas: 216 Formato: 14.00 X 21.00 cm Peso: 0.28 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 07/12/2004
ISBN: 978-85-3590-590-8 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Nesta coletânea de ensaios - traduzida diretamente do húngaro por Paulo Schiller - o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, Imre Kertész, discute o impacto da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, do qual ele foi um sobrevivente, em toda a cultura do século XX.

"Uma escrita que sustenta a vivência frágil do indivíduo contra a arbitrariedade bárbara da história." Foi com essas palavras que a Academia Sueca apresentou a obra de Imre Kertész, ao anunciá-lo vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2002.
Entre as narrativas marcantes da segunda metade do século XX figuram os relatos e as reflexões dos sobreviventes dos campos de extermínio nazistas. Como Primo Levi e Paul Célan, Imre Kertész transforma a experiência da deportação em reflexão sobre os valores éticos e morais da nossa sociedade - assim, o testemunho da degradação humana pode enriquecer o conhecimento e criar as bases de uma nova cultura.
A língua exilada é uma coleção de ensaios permeados pela idéia de que o Holocausto não é um acontecimento restrito aos nazistas e aos judeus: é uma experiência de cunho universal. Se o filósofo alemão Adorno dizia ser impossível escrever versos após Auschwitz, Kertész afirma que o campo de concentração é um marco zero e que, portanto, nada mais poderia ser escrito sem fazer menção a ele.
Segundo o autor, em todas as produções artísticas pós-Segunda Guerra Mundial estão evidentes as marcas da aniquilação dos valores que sustentavam a civilização antes do Holocausto. Passada a euforia inicial da queda do Muro de Berlim, em 1989, renasceram os velhos nacionalismos e, com eles, a sombra do anti-semitismo.
O acerto de contas de Kertész jamais poupa o totalitarismo stalinista. Em um estilo marcado pelo humor amargo da Europa Central, Kertész relembra também os intelectuais que escolheram o exílio à vida sob a opressão soviética.

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