Em Os insones, cujo cenário é um Rio de Janeiro violento e dividido, ação policial e suspense se combinam a dolorosos ritos de passagem, numa trama da qual ninguém escapa sem, pelo menos, uma profunda transformação.
Em Os insones, cujo cenário é um Rio de Janeiro violento e dividido, ação policial e suspense se combinam a dolorosos ritos de passagem, numa trama da qual ninguém escapa sem, pelo menos, uma profunda transformação.
Numa cidade onde a violência, além de dominar os morros e ditar regras de comportamento, conquista os corações e mentes dos jovens, os insones se multiplicam. Neste livro, todos estão sujeitos a uma ansiedade brutal, a começar pelo pai apavorado com o sumiço da filha e torturado por dores na coluna, até o jovem aparentemente sereno decidido a mudar o mundo na marra, passando por traficantes encurralados, agentes infiltrados e policiais vivendo sob tensão constante.
Samora é negro, mora no Leblon e quer mudar o mundo. Sofia é branca, mora em Ipanema e está desaparecida. Seu irmão Felipe coleciona armas escondido dos pais. Mara Maluca é meio mulata, meio índia, mora na favela e é capaz de atrocidades inenarráveis. Chayene pinta as unhas de vermelho e negro e quer ser atriz. São todos muito jovens e têm urgência, muita urgência.
Tony Belloto faz, em Os insones, a crônica de uma sociedade permeada pela violência e pela inquietação. A unir os personagens, além da trama repleta de conexões e desdobramentos, está um traço comum de inadequação no mundo, uma vontade de agir e de mudar, se não a sociedade, ao menos a própria vida.