Em nove contos protagonizados por mães e filhos homens, um dos mais festejados autores irlandeses da atualidade faz um retrato notável dessa relação pautada pelo afeto mas também por estranhamento e descompasso, tensão e redescoberta.
Em nove contos protagonizados por mães e filhos homens, um dos mais festejados autores irlandeses da atualidade faz um retrato notável dessa relação pautada pelo afeto mas também por estranhamento e descompasso, tensão e redescoberta.
Amor e afeto, mas também estranhamento e distância. Entre mães e filhos, descompassos não são necessariamente trágicos ou deletérios. Ao contrário, podem reconduzir aos sentimentos mais delicados e profundos, como nas narrativas deste livro.
Ambientadas em sua maioria em Dublin e no interior da Irlanda, as histórias apresentam situações em que os personagens - como o ladrão profissional que tem de lidar ao mesmo tempo com o roubo de um Rembrandt e os hábitos boêmios da mãe procurada pela polícia, ou a velha senhora que leva uma vida pacata até descobrir que o filho padre está sendo processado por abuso, ou o rapaz que descobre um segredo materno capaz de desestabilizar o ambiente familiar - passam a contemplar uns aos outros com novos olhos, em momentos de grande intensidade dramática.
As histórias de Tóibín indicam que a relação entre mães e filhos é feita não apenas de compreensão, mas também de equívocos - algumas vezes insanáveis. Diferenças de geração, conflitos religiosos, sexualidade libertária e contrastes culturais são os temas dessas narrativas, algumas das quais foram publicadas originalmente em coletâneas, jornais e periódicos como The Guardian, London Review of Books e The Faber Book of Best New Irish Short Stories.